quinta-feira, 28 de março de 2013

De olho no retrovisor: dicas para sobreviver no trânsito de João Pessoa

Denise Evangelista


Em João Pessoa, hoje, estão nas ruas aproximadamente 300 mil veículos. Em 2000, a cidade estava folgada com menos da metade desta frota. Com o aumento do número de carros - e motos, e bicicletas, e carroças... - cresce também a quantidade de condutores imprudentes, inexperientes, egoístas e mal-educados. A combinação explosiva entre muitos veículos e motoristas loucos resulta em acidentes com maior frequência, trânsito lento (leia-se parado, muitas das vezes) e animais da mesma espécie causadora do caos berrando e gesticulando freneticamente dentro de suas gaiolas de metal. 

Ok. 
O fim do mundo se instala e você quer se desesperar. Por favor, não faça isso. Provavelmente, só irá piorar. Penso que a psicologia reversa funciona muito bem no trânsito. Enquanto todos gritam, respire. Se pressionarem, não se mova. Se xingarem,  finja surdez, pois você só se lembrará disso pelos próximos 100 metros, e olhe lá.

Outras dicas são válidas para amenizar o estresse do trânsito:

1.  Horários e rotas alternativas
Às vezes (quase sempre) é impossível, mas quando der se esforce um pouquinho para sair mais cedo de casa. Os engarrafamentos geralmente começam numa hora específica, de repente. Do mesmo modo, eles acabam. Então, se você também tiver a alternativa de sair mais tarde, assim que o trânsito aliviar, vai valer a pena. Alguns minutos separam o tráfego possível da paralisação total.

2. Respeite a sinalização
Parece óbvio, mas para alguns condutores não é. Dirigir acima do limite de velocidade permitida, estacionar em local proibido, executar ultrapassagens arriscadas e desnecessárias só dificultam as coisas. Para alguns parece vantagem, mas exagerar na aceleração muitas vezes não compensa. Um pequeno desvio na atenção, e pronto! Você colou no carro da frente e nem notou. Um reflexo bom não salvará sempre. E se a pressa era muita, parabéns, pois até a polícia chegar, a espera e o transtorno causado são grandes. Penso que se todos seguissem as regras o trânsito poderia fluir, talvez lento, mas constante.

3. Retrovisor não é enfeite
Mais loucos que os motoristas dos carros são os pilotos das motocicletas. Nada de se aventurar a manobrar sem dar uma boa olhada nos retrovisores. Afinal, as motos que se materializam do nada estão sempre envolvidas nos rotineiros acidentes.

4. Seja legal
Ser altruísta faz bem para alma e para o trânsito. Dar a vez, reduzir a velocidade para que outros motoristas possam cruzar ruas ou fazer contornos, além de ajudar o trânsito a andar, te deixa mais leve. Ser legal não custa nada, talvez alguns segundos. Não mais que isso.

5. Não buzine
No dia em que a buzina fizer carro andar ou desaparecer, buzinarei até o fim dos dias. Além de ser proibido (a buzina deve ser usada apenas para evitar acidentes e advertir a um condutor a intenção de ultrapassá-lo, desde que sejam toques breves), é mais um combustível para o estresse, tornando alguns motoristas tensos e até inábeis na hora de colocar o carro em movimento novamente. Sem falar que quem mora nessas áreas de trânsito complicado, sofre bastante. Você não iria querer ser acordado com uma buzinada, iria?

6. Gaste um pouco da sola do sapato
Já é perceptível que nem sempre vai ter uma vaga de estacionamento em frente à porta que você deseja entrar. Então, já é bom ir se acostumando a andar um pouquinho. Querer parar pertinho do local desejado é digno, mas se não der, não insista. A sua solução será fila dupla e local proibido, e o resultado será multa e menos espaço na rua para locomoção adequada. E nem venha com essa de sair de carro para ir à padaria que fica a 3 quadras da sua casa!

É claro que nem sempre vai dar certo. Então se você, ainda assim, se vir preso em um congestionamento, infelizmente eu só poderei dizer: já era! Espera passar. Mas tenho outra dica: se puder curtir o som da sua banda predileta, vai passar rapidinho.

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