quinta-feira, 28 de março de 2013

Transporte público?

Renata Leitão

Segundo o dicionário, “público” quer dizer que se refere ao povo em geral. O que vemos é o emprego da palavra sendo utilizada em seu sentido mais estrito, deixando de lado a extensão em que o seu significado pode atingir. Afinal, de quem se trata esse “povo” que desembolsa todos os dias uma quantia em dinheiro por serviços que deixam um tanto a desejar?

            Sim, João Pessoa tem uma das bilhetagens mais baratas do país no que diz respeito ao transporte público. Mas a qualidade dos serviços prestados não condiz ao valor pago pelo cidadão que necessita desse meio de locomoção diariamente. Quando se fala em locomover, principalmente na labuta diária, pensa-se logo em comodidade, o que não é visto nas linhas urbanas disponíveis. Em uma cidade relativamente pequena em sua extensão não carece de tanto tempo perdido “rodando” dentro de ônibus. As ligações entre os bairros é uma problemática fácil de ser resolvida, é simples, faltam linhas, ponham mais linhas. Chega a ser indignante percorrer trajetos que seriam feitos em minutos, quando na verdade se demora uma hora.
Locais como Universidades, Centros comerciais, Hospitais, obviamente, necessitam de linhas que interliguem todos os bairros da capital, o que não se tem visto. Países de primeiro mundo utilizam o transporte público como melhor meio de locomoção, como pensar por essa diretriz se pecamos em um quesito tão básico?
Atrelado à carência na mobilidade e falta de lugares que façam integração de linhas, o próprio “povo” que utiliza o meio não sabe como proceder diante de um espaço destinado ao mesmo. Durante todo o tempo em que o trabalhador, estudante, perde tentando chegar ao seu destino, o passageiro precisa disputar os seus tímpanos com sons ensurdecedores das musiquinhas nos celulares de certas pessoas que dizem estar utilizando um espaço “público”. Sempre quis entender o porquê da cultura “não fone de ouvido”, já que o dispositivo disponibilizado pelos aparelhos não fazem mal algum, na verdade, nesse caso, faz mais do que bem. Em meio à falta de ética e do senso de coletividade o que ta faltando na verdade é de pensar no público.

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