No início do mês de março, enquanto muitas pessoas estavam chocadas com a morte de Chorão, vocalista do Charlie Brow Jr., muitas outras ficaram pasmas quanto às declarações do repórter Emerson Machado, mais conhecido como Mofi, do Sistema Correio. Emerson afirmou que o Brasil não tinha perdido um profissional, mas um drogado. E ainda acrescentou que lamentava morar em um país onde as pessoas choram pela morte de um drogado.
O pronunciamento foi feito em seu próprio twitter, e em algumas horas já havia uma manifestação dos internautas que protestavam contra Emerson Machado. Imagens do Mofi com um X imenso foram publicadas e compartilhadas nas redes sociais, além de milhares de declarações indignadas dos internautas que utilizavam hastags repudiando o repórter. Causando um grande sentimento de revolta nos fãs de Chorão, Emerson ainda escreveu em seu microblog “nunca imaginei que no Brasil um homem que morre cheirando cocaína tivesse tanto valor”.
A polêmica trouxe um questionamento referente a este tipo de abordagem, já que programas como o Correio Verdade, em que o Emerson é repórter, retratam diariamente esta realidade e busca sensibilizar a população através do caixão dos outros. Este tipo de pronunciamento e a consolidação de programas sensacionalistas, principalmente nas classes C, D e E, nos faz pensar até que ponto as redes sociais tornam-se uma ampliação dos programas televisivos? Esta falta de tolerância para determinadas manifestações públicas corrobora que aos poucos está existindo certo de grau de consciência sobre o valor midiático e a responsabilidade social que os meios de comunicação acarretam.
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