quarta-feira, 10 de abril de 2013

O eficiente transporte público de Curitiba


Aíla Muniz

Quando se fala em transporte público, para além de todo o caos do trânsito, buzinas, sinais, palavrões e gente estressada, o que me vem à cabeça é Curitiba. Nunca fui a Curitiba, mas de tanto ouvir dos que estiveram lá, absorvi a ideia de que tudo funciona, o trânsito flui, tudo dá certo por lá. E parece que é bem assim mesmo. Segundo entrevista de Luis Gutierrez, diretor da Embarq na América Latina: “a capital do Paraná é um exemplo de cidade dentro do paradigma de transporte sustentável”. Para Toni Lindau, diretor da CTS-BRASIL (Centro de Transporte Sustentável do Brasil): “Curitiba tem uma grande importância pro mundo como exemplo de uma grande cidade que se estruturou a partir do transporte. Curitiba começou a implantar um sistema de ônibus que teve muito sucesso. Evoluiu o seu sistema até o atual, que se chama BRT”.

A Evolução citada por Lindau começou com o que existe hoje em muitas cidades brasileiras: os corredores exclusivos para ônibus. Depois, passaram a existir os chamados articulados (ônibus com sanfonas). Com isso, os ônibus passavam a transportar 120 passageiros, ao invés da capacidade dos convencionais, de 70 pessoas. Depois, passaram a circular pela cidade os biarticulados, o que estendeu a capacidade dos ônibus para cerca de 250 passageiros. Em seguida, foram criados os chamados “ônibus expressos” e as “estações tubo”. Com elas, os ônibus funcionam lembrando a estrutura de metrôs, com entradas e saídas ligadas às respectivas entradas e saídas das “estações tubos”. Isso permite o embarque e desembarque mais eficientes, por serem feitos por mais de uma porta.

Embarque e desembarque feitos nas estações tubo
Luiz Filla, especialista em transporte da URBS diz que o atual sistema usado – BRT – mudou o plano de crescimento do município. “Antes, ele (o crescimento) acontecia em torno do centro. Agora, ele ocorre em torno dos corredores de transporte”, comentou.

A evolução do sistema rodoviário público de Curitiba nos prova ser possível um transporte efetivamente eficiente. Para isso, basta que haja planejamento e investimentos na área. A Paraíba está longe de ter o caos das grandes cidades no trânsito, mas esse provavelmente não será um quadro permanente. É preciso ir se pensando em possíveis ações que melhorem e agilizem o trânsito desde já. Desenvolver práticas como a do BRT é uma maneira de contribuir com o meio ambiente, além de diminuir o estresse e as reclamações. É algo que vale a tentativa.

Fotos retiradas do Blog do Pedro Bigardi

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